O Mandume Cultural é uma organização do terceiro setor com foco no desenvolvimento cultural e criativo de projetos, produtores culturais, artistas e demais ações e públicos da economia criativa. Fundada em 2020 pela mestranda do programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades (UFF), pesquisadora, produtora cultural, educadora e curadora independente Isabelle Ferreira, e pelo Comunicador Social, Pós-graduando em Gestão de Projetos e especialista em economia criativa Wellington Silva, a iniciativa ganha corpo a partir da criatividade e da inovação do encontro de jovens negros das periferias de Pernambuco.

Um espaço que nasce do ímpeto e da oposição aos movimentos que excluem pessoas negras dos circuitos artísticos e culturais, aglutinando presenças e perspectivas de outras pessoas que buscavam criar novas dinâmicas na produção cultural. Dessas interações, surgem parcerias duradouras com o publicitário, fotógrafo e diretor de arte Sandir Costa e com o mestre em História, pesquisador de cultura popular e produtor cultural Samuel Santana.

Essas parcerias tornaram o Mandume um ecossistema de trabalho na produção cultural, envolvendo a criação de projetos, mentoria, produção executiva de ações externas, curadoria, pesquisa, produção de conhecimento e diversos outros campos. Expertises que, juntas, conseguiram movimentar 500 mil reais em ações culturais, impactando diretamente a vida de mais de 200 pessoas. Baseamo-nos no desenvolvimento de ações de alto impacto e engajamento social, possibilitando ao público, principalmente subrepresentado, o acesso a bens culturais de valor.

Caminhamos em direção ao progresso e ao crescimento dessa forma radical de desenvolver perspectivas culturais, ao mesmo tempo humanizada e acolhedora em muitos aspectos. Uma maneira de evoluir a partir das boas práticas profissionais, que podem ser comprovadas com a execução de projetos incríveis, como a 1ª Conferência Pernambucana de Produções Culturais Negras, o Observatório Museu Negro, o Cultura Material Africana: Primeiro Catálogo do Acervo de Arte Africana do Museu da Abolição, entre outros que lançamos e lançaremos ao longo de 2024.